quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nem sempre com rima


 
Nem sempre os versos saem com rima
Normalmente surgem na cabeça
No trem
Na rua
No expediente
Eles vêm sem rima
Mas com total sintonia da verdade
Por que são sentimentos
E os meus não mentem
São o que são
E tudo por você
Quero um pedaço de papel
Mas estou no trem e não tenho
Então começo a compor meus versos em minha mente
Sem esquecer a ordem de nenhum
E os repito incansavelmente para mim mesma
Como as letras da nossa canção
Quando chego em casa a noite
Corro para o meu velho caderno
E nele despejo tudo de uma só vez
Tudo sem rima
Mas pouco importa
O que vale é o sentido das palavras
Na sintonia da verdade
A mão ágil corre com a caneta
Escrevendo tudo
Ao fim lê e reler
Está ali tudo o que quero te dizer
Arranco a folha do meu caderno e dobro apressadamente
Com as mãos trêmulas e coração palpitando
Agora é só entregar para você
E saio correndo na noite escura
Andando mesmo sem direção
Seguindo apenas a lua
Com a pretensão de chegar até o seu coração

Um comentário:

Ivana disse...

O que importa é chegar nos corações das pessoas, e o seu poema chegou até o meu, gosto do jeito simples de escrever, gosto de entender o que eu leio. Entendi e gostei muito do seu poema. Um abraço!